Notícias

21 de dezembro de 2016

IBOPE Repucom avalia o impacto dos Jogos Olímpicos Rio-2016 na diversificação do interesse do fã de esporte

Em estudo inédito, IBOPE Repucom analisou o interesse dos brasileiros pelos Jogos Olímpicos, que aconteceu em agosto deste ano, na cidade do Rio de Janeiro. Para o levantamento foram realizadas duas ondas do Sponsorlink – pesquisa especializada em hábitos e consumo dos fãs de esporte – uma em abril, para avaliar o interesse no pré-evento, e outra em setembro de 2016, logo após sua conclusão.

Na comparação do interesse pelas Olímpiadas (ou seja, aqueles que declaram ser “muito interessados” ou “interessados”), entre abril e setembro, houve crescimento de 9%, passando de 56% para 61% – que representam 47,3 milhões de internautas.

Interesse este que se mantém estável ao longo dos últimos anos e muito similar a outro evento de mesma relevância e repercussão mundial, a Copa do Mundo. Após a realização do torneio de futebol, em 2014, o nível de interesse pelo maior evento registrou queda entre os brasileiros, passando de 67%, em setembro de 2014, para 62% em setembro deste ano. Em contrapartida, o interesse dos brasileiros pelos Jogos Olímpicos manteve-se sem grande variação, passando de 63%, em setembro de 2013, para 61% em setembro deste ano.

Também foi observado o crescimento do interesse dos brasileiros por esportes menos populares. A comparação entre a pesquisa anterior e posterior à Rio 2016 mostra que modalidades como futebol feminino, handebol, judô e iatismo/vela apresentou os maiores crescimentos após o evento. Na comparação do nível de interesse da população de internautas pelas modalidades Olímpicas no pré (abril/2016) e pós-evento (set/2016), as que apresentaram maior crescimento foram:

Futebol Feminino: O índice de fãs da passou de 34% em abril/16 para 51% após a realização do evento, registrando crescimento de 50%.

Handebol: O índice de fãs desse esporte passou de 25% em abril/16 para 34% após a realização do evento, crescimento de 42%.

Judô: O índice de fãs judô passou de 29% em abril/16 para 38% após a realização do evento, crescimento de 32%.

Iatismo/Vela: O índice de fãs de iatismo/vela passou de 16% em abril/16 para 21% após a realização do evento, crescimento de 29%.
esportes olimpiadas

“Certamente os Jogos do Rio deixarão saudades e serão lembrados como um dos mais emblemáticos da história. E que a diversificação do interesse do brasileiro por outras modalidades, um dos legados mais esperados do Rio-2016, possibilite também a descentralização dos investimentos em patrocínio, fortalecendo o esporte como plataforma de desenvolvimento social e, consequentemente, um terreno fértil e indispensável na construção de valor das marcas dos patrocinadores envolvidos”, complementa José Colagrossi, diretor executivo do IBOPE Repucom.

A pesquisa também investigou, antes da realização dos Jogos, qual era a pretensão de acompanhar as modalidades olímpicas e, passado o evento, quais de fato foram acompanhadas. Em muitos casos, os bons resultados e medalhas acabaram sendo os fatores importantes, mas não exclusivos, para o aumento do acompanhamento efetivo de diversas modalidades.

Futebol (masculino e feminino), vôlei e natação foram os esportes mais citados tanto na intenção quanto no acompanhamento efetivo das transmissões ou resultados. Antes do evento, estes não apresentavam diferenças entre si. Todos tinham igualmente 56% de pretensão. Já após a realização dos Jogos, o Futebol foi o que a população declarou ter mais acompanhado as partidas e/ou resultados, alcançando 72% dos entrevistados, o Vôlei registrou 69% entre os que declararam ter seguido as transmissões, e 65% acompanharam a natação, mesmo essa modalidade sem ter gerado qualquer medalha.

Assim como o futebol, vôlei e natação, outro destaque de crescimento foi a Canoagem, que foi o esporte que registrou maior evolução, passando de 12% para 32%, um crescimento de mais 162%.  Possivelmente, o aumento expressivo foi motivado pelas conquistas de Isaquias Queiroz, o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha na Canoagem, e também o primeiro a ganhar três medalhas na mesma edição dos Jogos Olímpicos.

Outros casos motivados pelo bom desempenho e conquista de medalhas foram: Boxe, com crescimento de 67%, possivelmente motivado pela campanha histórica de Robson Conceição, medalha de ouro na categoria pelo-leve e as medalhas de Rafaela Silva, Mayra Aguiar e Rafael Silva , que impulsionaram a cobertura do judô, que registrou 54% de crescimento.

 

*Foram consideradas no estudo as seguintes modalidades olímpicas: atletismo/corrida de rua, basquete, boxe, ciclismo, futebol, futebol feminino, ginástica olímpica, handebol, iatismo/vela, judô, natação, tênis, vôlei e vôlei de praia.

 

SPONSORLINK

É a maior pesquisa especializada em esportes do mundo. Presente em 12 países, o estudo oferece uma visão panorâmica dos hábitos e atitudes, consumo de mídia, categorias de produtos e serviços relacionados a esporte. Realizado semestralmente desde 2013, o Sponsorlink representa a população de internautas brasileiros. Para esta pesquisa foram entrevistados 1.000 internautas, que representam 68,3 milhões de pessoas que acessam a internet no Brasil.

Veja também

18 de maio de 2020

IBOPE Repucom revela perfil dos “torcedores mistos”, aqueles...

<h4><em>Dados levam em conta todos os clubes do Brasil presentes na pesquisa... [ Veja mais ]

30 de maio de 2018

A ascensão da NBB: torneio se consolida como...

<h4><em>IBOPE Repucom destaca a evolução da participação do torneio no volume de... [ Veja mais ]

5 de agosto de 2021

Medalhas consagram skate brasileiro em Tóquio

  <strong>São Paulo, 5 de agosto de 2021</strong> – Definitivamente o skate brasileiro foi... [ Veja mais ]